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50 Perguntas e Respostas sobre Hipnose


1. O que é hipnose?

Estado psicofisiológico (onde existem alterações físicas, psicológicas e comportamentais), caracterizado por modificações da consciência e do Sistema Nervoso Autônomo (Simpático/Parassimpático), decorrentes de uma intensificação emocional e instalação de um estado motivacional. A palavra HIPNOSE é inadequada etimologicamente, pois vêm do grego hypnos, que quer dizer sono e ose, que quer dizer estado – sugerindo o significado de estado de sono. Mas, está demonstrado cientificamente que alguém hipnotizado não está de maneira alguma dormindo, e sim acordado e sob um estado emocional intensificado.


2. Como se define hipnose?

A hipnose pode ser definida como um Estado Emocional Intensificado.


3. Como se classifica as formas de hipnose quanto ao indutor?

No caso onde a hipnose é induzida por um hipnotizador em relação a alguém que é hipnotizado, diz-se que é uma hetero-hipnose. Quando o estado é induzido pela própria pessoa, chamamos de auto-hipnose.


4. O que é estado hipnótico?

A condição de se estar hipnotizado, isto é, sob uma intensificação emocional. O que pode ser deflagrado por uma indução (hetero e auto) ou por uma situação qualquer da vida cotidiana.


5. Pela definição anterior, a palavra hipnose não será inadequada?

Sim, o termo hipnose é inadequado, sugerindo sono como uma característica do estado hipnótico, o que não corresponde à realidade do fenômeno.


6. A pessoa hipnotizada sabe o que está acontecendo?

Absolutamente que sim, a pessoa hipnotizada está registrando tudo que está ocorrendo no momento da hipnose. Estando, às vezes, mais alerta para as informações externas ao seu “Eu”, tanto provindas do meio ambiente, como do seu interior.


7. Quando surgiu a hipnose?

Pode-se supor que, como o estado hipnótico é um estado natural, ele exista desde que a humanidade surgiu. Havendo apenas uma evolução no modo de compreende-lo – partindo de uma mentalidade mágica para uma compreensão científica – e, conseqüentemente, uma maior eficácia na sua utilização.


8. Como surgiu este nome – hipnose?

Em 1841, James Braid (médico inglês) observando apresentações, do que à época se denominava Magnetização/Sonambulismo, caracterizadas por um comportamento de “ficar de olhos fechados” e relatos de “uma sensação de sonolência” em alguns casos, propôs o termo hipnose, cujo significado etimológico é estado de sono. O próprio James Braid observou a impropriedade do termo, mas a palavra hipnose já havia se popularizado de tal maneira, que até hoje continua sendo usada.


9. O que quer dizer hipnotismo?

Termo utilizado para se referir às práticas hipnóticas, comumente utilizado por leigos.


10. Qual a definição de hipnose, segundo a Sociedade Pernambucana de Hipnose Médica?

Seguindo a compreensão moderna do fenômeno, os profissionais que compõem a SPHM concordam com a proposição do modelo cibernético emocional, qual seja, enfocar a hipnose como um estado emocional intensificado.


11. Por que existe a hipnose?

Porque o ser humano é passível de sentir e induzir emoções, porque possui hipotálamo e córtex e, ainda, porque é capaz de se comunicar.


12. Todo mundo é sugestionável?

A colocação seria o quanto uma pessoa pode se motivar para aceitar proposições de alguém com quem esteja numa relação interpessoal significativa. Neste sentido, podemos considerar que o grau de sugestionabilidade vai depender muito mais da qualidade da relação e da compatibilidade da proposição com os valores e hábitos arraigados. Não há uma força própria na sugestão, independente do seu significado na relação.


13. Ser influenciado é bom?

Todos somos influenciados e influenciamos, positiva e/ou negativamente, no dia-a-dia. A mídia tem exercido influência significativa na mudança dos costumes, por exemplo, e isto parece trazer conseqüências mais negativas do que positivas. Uma boa educação é também uma forma de influência.


14. O que quer dizer hipnotizador?

Aquele que hipnotiza.


15. O que quer dizer hipnólogo?

Aquele que estuda os fenômenos hipnóticos.


16. O que quer dizer hipnotizado?

Aquele que atua na posição de ser hipnotizado por alguém.


17. O que quer dizer hipnotizável?

Passível de entrar em estado hipnótico.


18. Todo mundo é hipnotizável?

Sim, não existe ninguém refratário à hipnose.


19. O que significa refratária em hipnotismo?

Nos modelos antigos, de baixo grau de aderência à realidade, os fracassos do hipnotizador eram atribuídos à pessoa que estava se submetendo à hipnose, classificando-a de refratária. De fato,o que acontecia era que a pessoa não apresentava bons resultados hipnóticos com aquele operador e com determinada abordagem, não significando que não pudesse apresentar excelentes resultados com outro hipnotizador, noutro contexto, com outra forma de indução.


20. Qual o segredo fundamental da hipnose?

Não existe nenhum segredo, no sentido de algo misterioso, sobrenatural. Os princípios para uma indução bem sucedida se referem ao conhecimento e utilização de um modelo científico sobre este campo da realidade, o qual deve incluir a noção de que o fenômeno hipnótico é uma realidade informacional, de significado e não um conjunto mecânico de procedimentos sem sentido.


21. A hipnose pode ser superficial ou profunda?

Como qualquer emoção, ou fenômeno que possa sofrer variação, a hipnose pode ser classificada em leve, média ou profunda, dependendo da intensidade emocional atingida e não de uma suposta capacidade de concentração ou aceitar sugestão.


22. O hipnotizado depende do hipnotizador?

Há uma interação emocional entre eles, sendo que o sucesso do hipnotizador dependerá de sua habilidade de perceber as motivações do hipnotizando e adaptar sua abordagem.


23. O que quer dizer “o hipnotizando deve ter uma atitude passiva”?

Que a atitude mais apropriada para o desenvolvimento do estado hipnótico trofotropo é a de uma postura neutra, indiferente, de quem nem ajuda nem atrapalha.


24. Existe mistério na hipnose?

Não existe nenhuma dimensão misteriosa no fenômeno hipnótico, o qual está baseado nos processos psicológicos normais e anormais.


25. Os hipnotizadores possuem algum poder incomum?

Não. Apenas a habilidade de se comunicar profundamente com alguém.


26. De quem é o mérito da hipnose? Do hipnotizado ou hipnotizador?

O mérito do estado hipnótico é do hipnotizado, pois é ele quem vivencia o processo, quem “permite” a experiência.


27. Quais são as maiores barreiras à hipnose?

A não compreensão adequada do fenômeno, associando-a a fantasias mágicas e superstições que podem servir de bloqueios a uma atitude adequada ao processo.


28. Que tipo de fantasias inadequadas existem sobre hipnose?

Ideias de domínio absoluto do hipnotizador sobre o hipnotizado, a possibilidade de “não voltar da hipnose”, etc.


29. Que tipo de prática hipnótica que se caracteriza como “atração circense”?

Catalepsia do corpo, regressões à infância, imitação de animais, etc.


30. Se alguém for hipnotizado e o hipnotizador lhe sugerir que faça algo contra seus princípios, como ele reagirá? Obedecendo?

Não. No caso de uma proposição em desacordo com os princípios morais, éticos e hábitos do indivíduo, esta não será executada e/ou haverá uma “quebra” de rapport.



31. Na hipnose, o hipnotizado não faz nada de anti-social?

Sob hipnose, o indivíduo conserva todos os seus padrões de comportamento e valores morais, além da capacidade para criticar as proposições apresentadas. Todas as sugestões que forem de encontro aos limites auto-impostos, não produzirão os resultados esperados, por se depararem com as resistências do sujeito hipnótico. O fato de alguém, sob hipnose, realizar uma ação/comportamento e, depois, dizer que não “queria fazer tal coisa”, indica que tal pessoa poderia estar ambivalente, não podendo/querendo assumir a responsabilidade daquele comportamento.


32. É possível alguém ficar definitivamente em hipnose?

Não. As fantasias e lendas a este respeito baseiam-se em algum fato de algum hipnotizador inexperiente ter sido manipulado, momentaneamente, por um hipnotizando histérico (ou com outra motivação qualquer), que se motivou a chamar a atenção de uma platéia, através da não “obediência” imediata à proposição de saída do comportamento hipnótico.


33. O hipnotizado pode sair do estado hipnótico no momento em que desejar?

Obviamente, o estado hipnótico pode ser interrompido pelo hipnotizado no momento que este deseje, mesmo que a sua impressão subjetiva seja do contrário.


34. Muita gente diz que a hipnose é milagrosa. Pode-se realmente curar alguém em apenas uma sessão de hipnose?

É altamente improvável que apenas uma sessão de hipnose seja o suficiente para que alguém se cure efetivamente. Porém, casos raros onde se passa uma “erlebnis” – conceito alemão de uma súbita reestruturação da personalidade a partir de uma impactante experiência emocional, podem ser considerados como exemplos de “curas” sob hipnose em uma sessão.


35. Qual é o melhor paciente para a hipnose?

Entre os fatores que contribuem para que alguém apresente um bom transe hipnótico, podemos destacar – motivação, inteligência, sintonia com o hipnotizador, boa capacidade de expressão emocional. Do exposto, se conclui que não há um padrão de personalidade que determine o perfil do melhor sujeito hipnótico e sim uma conjunção de fatores circunstanciais e interativos.


36. Uma pessoa inteligente é mais fácil de se hipnotizar do que um retardado mental?

Alguém com inteligência acima da média terá mais facilidade de compreensão e isto poderá ajudar o hipnotizador na sua comunicação com o hipnotizando. Já um hipnotizador experiente, com habilidade para lidar com retardados ou psicóticos, poderá manipular terapeuticamente seus estados hipnóticos naturais, independente de um transe formal.


37. Em estado de hipnose profunda, a pessoa fica inconsciente?

Não. A profundidade hipnótica está correlacionada a uma regressão psicossomática, o que poderá produzir, em alguns casos, uma aparente redução do contato do córtex cerebral com o exterior, gerando sensações mais difusas na subjetividade do hipnotizado, mas nunca impedindo totalmente seu contato com o exterior, conseqüentemente, a pessoa hipnotizada, mesmo profundamente não estará inconsciente.


38. A hipnose cria dependência psicológica?

Estudos mostraram que a hipnose em si não gera dependência psicológica, sendo considerada com um dos procedimentos que menos geram dependência pelo seu caráter mais breve na duração média dos tratamentos.


39. A hipnose cura todos os casos?

Não. Ela pode estar sendo utilizada inadequadamente e, assim, estar alimentando padrões imaturos, histéricos, mágicos de comportamento e impedindo o desenvolvimento emocional do indivíduo. É o caso de muitas das chamadas terapias regressivas, de práticas pentecostais de certas igrejas, etc.


40. Leva-se muito tempo para hipnotizar alguém?

Não necessariamente. O tempo necessário pode variar de acordo com muitos fatores, entre eles: se a hipnose é coletiva ou individual, se a pessoa está devidamente treinada ou não, o grau de sua motivação, se é um adulto (equilibrado ou não) ou uma criança, a qualidade de sua relação com o hipnotizador, etc.


41. A pessoa pode ser hipnotizada em qualquer lugar?

(É possível hipnotizar alguém em qualquer lugar?) No sentido amplo, sim. Pois todos deflagramos e sofremos emoções no dia-a-dia. Mas se estamos considerando o Transe Hipnótico Otimal, será mais apropriado um ambiente calmo, tranqüilo, sem solicitações contraditórias ao hipnotizando, tais como barulho, agitação, etc.


42. Existe mais de uma maneira de hipnotizar alguém?

Sim, tanto podemos classificar tais maneiras pelas formas trofotropa e ergotropa (maternal e paternal); estimulando-se visual, auditiva ou cinestesicamente; verbal ou não-verbalmente, com ou sem musica, etc.


43. Há uma posição específica para se hipnotizar?

Não, apenas o hipnotizando pode perceber sua posição mais confortável, geralmente sentado ou deitado.


44. Após a sessão hipnótica a pessoa se recorda do ocorrido?

Geralmente sim, porém, eventualmente, poderá não se recordar. Isto não significará que esteve inconsciente durante a hipnose.


45. Qual a freqüência necessária das sessões hipnóticas, no caso de tratamento?

Em que casos são necessárias sessões diárias? Em geral, no início do tratamento, as sessões devem ser amiudadas (duas ou três vezes por semana), dependendo do caso. Podendo também ser numa freqüência semanal. No caso de pacientes graves – câncer, infecção, etc. – a freqüência poderá ser diária ou ainda duas vezes por dia.


46. A hipnose pode contribuir no relacionamento inter-pessoal?

A prática da hipnose é uma maneira de ajudar ao desenvolvimento emocional do indivíduo, favorecendo, por conseqüência, as interações interpessoais, tanto nos aspectos relacionados à timidez, ansiedade, desconfiança, quanto nos relativos à auto-estima.


47. Cite exemplos de problemas em que a hipnose pode ajudar?

Dores crônicas, doenças psicossomáticas em geral - alergias, asma, úlceras nervosas, etc. – enurese noturna, ansiedade, fobias, síndrome de pânico, etc.


48. Como se sabe se a pessoa está em estado hipnótico?

Pelos sinais psicofisiológicos associados: postura, respiração, temperatura corporal, tensão/relaxamento muscular, expressão fácil, movimentos automáticos, etc.


49. Pode-se fazer regressões ao útero e a vidas passadas pela hipnose?

Não existem dados que comprovem a existência de “verdadeiras” regressões. O que pode-se afirmar é a existência do padrão comportamental de desempenho de papel, funcionando como um fenômeno plástico e de memória – como um psicodrama.


50. Por que a hipnose é mais usada por médicos do que por psicólogos?

Esta é uma visão antiga, anterior aos anos 70, atualmente não se pode afirmar que o uso da hipnose por médicos seja maior ou menor que o dos psicólogos. Anteriormente a 1971, os psicólogos não tinham autorização legal para a prática da terapêutica da hipnose.

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